sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Uma jarra de ouro




A minha cara é uma nota 
de mil dólares, 
a minha cara é uma nota, 
um planeta de moedas, 
uma jarra de ouro  

Represento o que mais cresce,

o que se estende no tempo percorrido por meu corpo 
e o teu corpo no corpo das ruas 

Tudo ou quase tudo 

que quis ser é ser poeta,
a porta e a voz
que abre e fecha a porta 
que não é porta, 
mas pode ser uma ave, 
um navio, um monte de folhas

Nascer e subir nos fios, 

nas estações, 
nos trens e nos bondes,
no que vem do futuro, 
no que urge do extremo passado

Se possuía alguma idade... 

até então...até...
hoje que não é mais hoje...
procure as respostas
nas escamas que procuram luz
na minha luz...

A cor laranja, a flor laranja,

os frutos que são minhas mãos, 
que foram meus pés achados 
e perdidos em Meu Pedacinho 
de Chão das muitas artes 
pensadas e não pensadas

Da onde sai isso tudo?

Da terra plana, 
do céu cortado pelo olho 
do menino que nunca viu o mar, 
mas já esteve em Marte, 
com a sorte das estrelas 
que sempre me permitem
ver e rever os tesouros
raiados da imaginação

    ( edu planchêz )

  

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