sábado, 9 de agosto de 2014

Poema Cinema



 
A cachorra Baleia corre
nesse agora
por essas linhas, por essa pauta,
na clave de sol, pelos hemisférios

Cachorra Baleia?
Cachorra Baleia sertaneja
diluída célula por célula
pelas páginas dos fissurados
por pontes e corredeiras,
livros, teias abissais,
lentes, lábios, telas,
iluminessências,
alturas intocadas,
vazantes extremas,
"tesouros transparentes"

Chama a Sarah de Nova Deli
com seus trovões
e suas estrelas centauras
porque Talles Machado Horta sem porquês
flechou a maçã que esteve no tuneo branco
esculpido pelas andorinhas que viram Borges
escalar os degraus da torre do fim

Na outra ponta da corda,
na outra ponta do pavio,
na outra ponta das lanças espartanas

E o poema cinema se atraca
no arrebentar das letras,
na placenta calcária da maré

( edu planchêz )


Nenhum comentário:

Postar um comentário